O Guarani na Maré

 

A Azulejaria e a Redes da Maré caminham juntas desde 2006, quando a diretora da organização, Eliana Silva, convidou a artista e arquiteta Laura Taves para ministrar oficinas de arte e azulejaria.

Entre 2006 e 2014, a oficina Arte sobre Azulejos, integrada ao Programa de Criança Petrobras, realizou centenas de oficinas nas escolas municipais do Conjunto de Favelas da Maré, voltadas para a educação e o desenvolvimento da criança.

 
 

Todo painel da Azulejaria é uma obra composta de pequenas partes que ganham um novo sentido quando unidas. O resultado deste processo coletivo e subjetivo reúne e inclui a experiência de todos os participantes e valoriza suas visões em uma obra de arte permanente no espaço comum.

 
 

O primeiro painel instalado na Maré foi O Guarani, baseado na obra de José de Alencar, tema escolhido pelas crianças do 4º ano da Escola Municipal Nova Holanda.

A partir das oficinas de arte e visitas ao Museu do Índio e ao Museu Histórico Nacional, a história de Ceci e Peri ilustrou os azulejos, a partir de pesquisas, desejos e desenhos. Como resultado do processo de aprendizagem, o painel foi instalado de forma permanente na fachada da sede da Redes da Maré, na Nova Holanda. 

Neste mesmo ano, a turma da Escola Municipal Bahia criou os painéis que foram instalados em áreas comuns da escola, contando a história do Morro do Timbau, onde está localizada. Fundada no início dos anos 50, a escola teve Cecília Meirelles como diretora. Sua poesia foi estudada e alguns de seus desenhos constam nos azulejos pintados pelas crianças.

 

Arte Educadoras
Laura Taves, Márcia Queiroz e Rosangela Afonso.

De 2006 a 2014, as oficinas de Arte sobre Azulejos, parceria da Azulejaria com a Redes da Maré, aconteceu de modo integrado ao Programa de Criança Petrobas, atendendo crianças e jovens no contra turno escolar. Ao final de cada ano, um painel desenhado pelos alunos e pela equipe de arte-educação era exposto de forma permanente nos muros do bairro.

A parceria da Azulejaria com a Redes da Maré se mantém através de um programa de ações que conjugam processos coletivos de arte, educação e formação com os moradores e moradoras das 15 comunidades que formam o Conjunto de Favelas da Maré. Os projetos dão origem a intervenções urbanas no espaço público da favela, com o propósito de construir e fortalecer uma vivência artística, social e política para os mareenses.

Estes marcos permanentes fortalecem a rede comunitária, qualificando estes espaços e a dinâmica entre eles. São vetores para desencadear uma reflexão crítica e criativa sobre direitos urbanos e socioambientais.

O trabalho feito pela Azulejaria é uma ferramenta de ensino multidisciplinar que associa arte à cidadania.


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